Elon Musk iniciou um processo contra a OpenAI, o laboratório de pesquisa em inteligência artificial que ele co-fundou, alegando uma violação do acordo fundamental que visava garantir o desenvolvimento da inteligência artificial geral (AGI) para o benefício da humanidade, em vez do lucro corporativo.
O processo, protocolado no Tribunal Superior da Califórnia em São Francisco, nomeia a OpenAI, Inc., juntamente com suas várias entidades afiliadas e os co-fundadores Samuel Altman e Gregory Brockman, como réus.
A reclamação de Musk descreve uma série de queixas centradas na divergência da OpenAI de sua missão original.
ÚLTIMA HORA: Elon Musk entrou com um processo contra Open AI e Sam Altman por violação de contrato.
O processo acusa Altman et al de terem traído um acordo desde a fundação da Open AI para permanecer como uma empresa sem fins lucrativos.
X News Daily (@xDaily)- 1 de Março, 2024
De acordo com o processo, Musk, Altman e Brockman fundaram a OpenAI em 2015 com uma visão clara: desenvolver uma IA geral (AGI) como uma entidade sem fins lucrativos, focando em projetos de código aberto que serviriam aos interesses da humanidade, em vez dos interesses de empresas privadas com fins lucrativos.
Essa visão foi encapsulada no que Musk se refere como o “Acordo Fundador”, um compromisso que foi supostamente reafirmado em várias ocasiões por meio do Certificado de Incorporação da OpenAI, Inc. e várias comunicações entre as partes envolvidas.
O processo detalha as contribuições significativas de Musk para a OpenAI, incluindo dezenas de milhões de dólares em financiamento, conselhos estratégicos sobre direções de pesquisa e esforços para recrutar talentos de alto nível para a organização.
Essas contribuições foram feitas com a compreensão de que a OpenAI permaneceria comprometida com seus princípios fundadores de abertura e benefício público.
No entanto, a queixa de Musk alega que em 2023, a OpenAI violou este acordo ao se transformar em uma entidade de código fechado, efetivamente servindo como uma subsidiária da Microsoft, a maior empresa de tecnologia do mundo em valor de mercado em fevereiro de 2024.
A queixa destaca um momento crucial em setembro de 2020, quando a OpenAI firmou um acordo de licenciamento exclusivo com a Microsoft para seu modelo de linguagem GPT-3, marcando uma ruptura com seu ethos de código aberto.
Apesar de publicar um artigo detalhado sobre o GPT-3, o processo argumenta que essa parceria e ações subsequentes priorizaram interesses comerciais em detrimento do bem público.
A apresentação faz uma comparação marcante para ilustrar a percepção de traição à missão da OpenAI, comparando-a a uma organização sem fins lucrativos dedicada à proteção da Floresta Amazônica que se transforma em uma empresa de exploração de madeira com fins lucrativos que explora os recursos que deveriam ser protegidos.
A ação legal de Musk busca compelir a OpenAI a realinhar-se com sua missão original de desenvolver AGI para o benefício da humanidade, em vez de avançar nos interesses comerciais proprietários da Microsoft e dos réus individuais.
O processo representa uma escalada significativa no debate sobre o futuro da inteligência artificial e sua governança, destacando as tensões entre os modelos abertos e fechados de desenvolvimento de IA e as implicações éticas da AGI nas mãos de entidades com fins lucrativos.
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